Chacundum é um blog em dolby-stérico de Cláudio Reston, designer-músico e sócio da Visorama Diversões Eletrônicas.

26 de jan. de 2002

Motumbo: gigante pela própria natureza.
No Brasil, as pessoas só se ligam que a coisa tá preta quando os problemas chegam às últimas consequências. Precisa analfabeto passar no vestibular, prefeito tomar tiro, sequestrador de figurão ser torturado até a morte, que o número casos de dengue ultrapasse os 5.000, enfim, precisa incendiar o circo, espalhar um baldão de merda no ventilador para nego entender que, definitivamente, a Disneylândia não é aqui.
(...) Você diz que é luta e prazer
ele diz que a vida é viver
ela diz que melhor é morrer
pois amada não é
e o verbo é sofrer


Eu só sei que confio na moça
e na moça ponho a força da fé
somos nós que fazemos a vida
como der ou puder ou quiser


Sempre desejada! (...)

Mestre Gonzaguinha. Que saudades!
Romário: engula seu orgulho e pare de falar merda em público. Aja como uma pessoa razoável, pelo menos até o final da Copa.

Imprensa: Onde é que vocês querem chegar sustentando essa guerra de nervos? Será que vocês não tem noção que são os maiores culpados por esse impasse? Arrumem um emprego, vão ler um livro, mas por favor, parem de publicar as merdas que esses dois falam, isso não vai levar ninguém a nada.

E Felipão: pelo amor do Santo Cristo, deixe de lado essa pose de homem mau e convoque logo o hômi. É disso que o povo gosta, será que só você não sacou?

Ninguém aguenta mais essa novela. Ninguém merece.

25 de jan. de 2002

Para começar bem esse fim de semana festivo, nada melhor que um show do Ron Carter, a convite da queridíssima, esplendorosa, e vitaminada Maria Dória.

Pra quem não conhece, Mr. Ron é uma lenda viva do baixo acústico. O cara já tocou com todos os monstros sagrados do mundo inteiro, incluindo Miles Davis e o maestro Tom Jobim.

Rapaz, o show foi de uma elegância, de uma economia... saca aquela banda que sabe dar a nota certa na hora certa? Pois é. Isso sim podemos chamar de cool, pois foi cool jazz em sua essência. Nada era gratuito, tudo era milimetricamente tocado, com direito a citações dos temas de Jornada nas Estrelas e Contatos Imediatos em um de seus solos. Que maravilha.

Bendita seja a Maldição do Mistura Fina! Bendita seja Maria Dória! Vida longa à Ron Carter!

Foi lindo.

24 de jan. de 2002

Da série músicas pra ouvir e pular: É Um Real (Pedro Luís e a Parede).

PLAP foi uma das melhores coisas que aconteceram no Rio de Janeiro nos anos 90. Salve C.A.!
Sábado é meu aniversário e domingo é o último dia da Domingueira Dub, com o camarada Nado Leal como convidado especial. Não sei o que vou fazer no dia do meu aniversário, mas independente disso, bem que podia rolar um segundo round lá, né? Vambora?
Assistindo na MTV o programa Álbum com Ozzy Osbourne, só consigo chegar a uma conclusão: enquanto ele estiver vivo, o Rock'n'Roll não morrerá.

Se você não tem muita paciência com o cara, tente abrir mão do preconceito e ouvir as coisas mais antigas, principalmente da fase Black Sabbath. Ficam aqui três dicas para os não iniciados:

1. Iron Man - ainda dos tempos do Sabbath. Um classico do rock, uma das imortais do hômi, daquelas músicas que vão durar pra vida toda;

2. Bark at The Moon - quem não se lembra dele cantando isso no Rock in Rio?

3. Crazy Train - uma daquelas músicas que você deveria ouvir pelo menos uma vez por ano. Riff de guitarra pesadíssimo de Randy Rhodes, lenda da guitarragem.

E bom divertimento.

23 de jan. de 2002

Black people car... you are made of steel...


Panasonic Internet e-Tailer e iBest. Curioso...

22 de jan. de 2002

Cigarros Motumbo, agora em dois tamanhos: King Size e King Kong.
Acenda uma vela.
É engraçada essa nossa mania de, às vezes, não conseguirmos enxergar de primeira a genialidade e a importância do trabalho de um colega, pelo simples fato de sua proximidade. A gente cisma em endeusar o inatingível, o que vem de fora, enfim, o que não está ao nosso alcance, e acaba não se ligando que o cara que está ao seu lado, a poucos quilômetros de você - às vezes na esquina de sua rua -, tem uma produção que faz frente a qualquer sotaque inglês.

Digo isso pelo seguinte: fazia um tempinho que eu não entrava no site do Tom. É de babar. O cara não somente é uma pessoa de ouro, como, em minha humilde opinião, um dos melhores ilustradores dos nossos tempos, do mundo todo.

Ah sim, é sempre bom lembrar que ele e o Jean são os nossos mais novos amigos de infância. Como podem ver, ando muito bem relacionado ultimamente, ou iéis.
Oi Cora. :)

21 de jan. de 2002

Me disseram que o texto não é do Veríssimo. Eu até estava com essa ligeira suspeita (assim como aquele caô do texto Ziraldo), mas como chegou a mim assinado pelo hômi - e já tem bastante tempo isso -, preferi não ocultar o crédito. De qualquer forma, o texto é excelente. E o cara que escreve essas coisas e assina com o nome de outrem, é um tremendo mané.
Pérolas do cotidiano:

Cena 1: Passo pela cozinha e vejo Sandra, filha de dona Maria (minha empregada hardcore), lendo a manchete em voz alta: 'Bush desmaia após engasgar com um pretzel'.

Cena 2: Cruzo com ela pelo corredor e ouço-a cantando para si mesma: 'Bush, Bush, Bu Bu Bush (no ritmo da música Bom Xibom Xibombom)'

Cena 3: Cai o pano.
Deus, numa de suas viagens criativas, pegou um kibe, colocou asas e enfiou um maldito apito.

Pronto, estava criada a cigarra.

20 de jan. de 2002

O segundo da lista foi Festa de Família, primeiro filme feito seguindo o tratado Dogma 95, de uns malucos dinamarqueses.

Ma-ra-vi-lho-so.

Dá pra ser muito feliz com uma câmera (o filme foi gravado em vídeo e depois kinescopado para 35mm), bons atores, uma boa direção de fotografia, uma edição inteligente e boas idéias, sem precisar recorrer a cenários falsos, inserções de áudio e explosões espetaculares. E quando vi a cara do diretor, passei a gostar mais ainda - é garoto novo, gente como a gente.

Demais, cara.
Opa, domingão tá aí e lá se vão mais filmes. Não costumo ter saco pra ir ao cinema, muito menos à locadora, mas como essa aqui entrega filmes em casa, tô aproveitando pra tirar o atraso.

Dessa vez investi em algo mais classe: Anatomia de Um Crime (Otto Preminger), Dr. Fantástico (Kubrick) e Festa de Família (Thomas Vinterberg, seguindo os princípios do Dogma 95).

Anatomia de Um Crime passou bem no teste. No geral, eu adoro filmes que se passam em tribunais, com tramas a la Perry Mason (já vi vários da série, inclusive). Mas assistir um clássico do gênero (talvez o marco zero) será sempre um prazer.

Agora, saca só: design de Saul Bass e trilha sonora de Duke Ellington. Quer mais? James Stewart como protagonista, além da belíssima Kathryn Grant. Só por isso já valeu.

Depois tem mais.

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