Chacundum é um blog em dolby-stérico de Cláudio Reston, designer-músico e sócio da Visorama Diversões Eletrônicas.

3 de ago. de 2002

Fantástico o retorno da Flu FM, assim como as ligações que eles receberam durante toda a sexta-feira. Pareciam repletas de felicidade e sinceridade. Eu estava radiante e muito emocionado com esse momento histórico, de verdade mesmo. Mais que o retorno de uma grande rádio, a volta da Maldita significa o retorno da figura do DJ e do apresentador, reduzidos pelas outras emissoras a meros operadores de "toca-pára-e-avança".

Tocar uns hits? Tudo bem, é normal, até saudavel e garante unzinho no final do mes, não há nada de (muito) errado nisso. O problema é a massificação cruel e inescrupulosa desses hits, a ditadura imposta pelas gravadoras e abaixo-assinalada pelas emissoras, de tocarem somente aquilo que lhes interessam e lhes dão mais dinheiro. As rádios perderam totalmente sua personalidade, ficaram todas iguais, vendidas. Mas uma hora a casa ia começar a cair e, aos meus olhos, a volta da Fluminense significa um pequeno e fundamental passo para esse grande tombo.

É muito, mas muito bom saber que vou poder voltar a ouvir rádio. Que saudades desse hábito tão bacana!
O Garotinho tá precisando de um regime...
Música é amor.

Eu amo essa frase. Soa como música.
Eu sou fä incondicional do Miles Davis. Mas alguém saberia me explicar por que cargas d'água ele gravou Time After Time (aquela da Cindy Lauper) e Human Nature (do Michael Jackson)? Exigência da gravadora? Insanidade? Queria mostrar ao povo como soariam grandes hits nas mãos de um jazzman? Ou apenas estava afim e gravou? É estranho, pois entre milhões de músicas bacanas ele escolheu logo as mais "Kenny G" da parada...

Particularmente acho um firififi dos grandes. Alguém gosta?

2 de ago. de 2002

Inclusive tenho cultivado o hábito de assistir DVDs de manhã bem cedo, logo após acordar. Essa semana já rolou Amélie Poulain, O Gosto dos Outros, um show do Rage Against The Machine e um do Miles Davis.

Vale a pena, acreditem. Você sai da cama com uma outra cabeça pro mundo.
A galera de SP pode rir à toa.

Lee Perry e Mad Professor nos dias 31 de agosto e 1o. de setembro no Sesc Pompéia. Se deram bem, bonitões.

A dica foi dada pelo grande Maurício que hoje, mais do que nunca, tá sorrindo a rodo com a volta da Flu FM!
É tempo de eleição... tempo da cidade se transformar no maior lixão a céu aberto do planeta, das gráficas e fábricas de brindes serem calotadas como nunca e de você escolher entre 300 palhaços, os que usam o menor sapato.

Sinceramente, eu tenho vergonha de morar nesse país nessa época. As ruas estão um nojo, repletas de filipetas, galhardetes e outdoors com fotos de pessoas horrorosas, cafonas e que não estão nem aí pra pessoas de bem como você.

E no final a gente ainda vota neles.

É isso.


Ficar no aeroporto tomando cotovelada pra descolar uns rabiscos de uma dúzia de marmanjos que não estão nem aí pra você é coisa do passado. Poupe-se desse estresse e faça sucesso entre seus amigos. Vista a última palavra da moda canarinho: camisa autografada da seleção.

Custa dérreal, já vem com cinco estrelas e você encontra nos melhores camelôs da cidade. Fantástico.
Aconteceu hoje de manhã na recepção de um edifício comercial:

- Qual andar deseja, senhor?
- Quarto andar, vou falar com o Álvaro.
- E já esteve aqui antes, senhor?
- Sim, já estive.
- E qual seu nome, senhor?
- Cláudio Sá Reston.
- Hã? Cláudio Arrastão?

(longa pausa)

1 de ago. de 2002

Meu Deus, será que eu fui o único a achar o MIB (o primeiro, pois o segundo nem me dei o trabalho de ver) um tremendo cagalhão, uma bosta de vaca das grandes? Sério?

Mongo é uma palavra que traduz bem o que eu achei do filme. No pior sentido.

O Will Smith podia continuar pra sempre como Prince of (be)Belair. Aliás, ele podia continuar pra sempre em casa.
Motumbo foi impedido de jogar na seleção africana. Era um tremendo perna de pau.
Quem não gosta de uma sacanagem, bom sujeito não é. Mestre Carlos Zéfiro é um ótimo sujeito e gosta muito. E viva a sacanagem!

31 de jul. de 2002

E a rapaziada do O Grito está promovendo um concurso de camisetas. Inscrições abertas.
Trabalha, trabalha negro...

30 de jul. de 2002

Rate my mullet. E my thong, my shorts, my back, my boobs...
Um dia eu ainda vou dizer aqui quem eu considero o grande responsável por esse processo de idiotização máxima que o povo brasileiro passou nos últimos anos. Só não o faço agora porque parece que ele está tentando se redimir e recomprar sua alma, vendida outrora ao diabo (e que diabo ruim esse sujeito foi arrumar).

Acreditem: não tem nada a ver com política, nunca sequer foi candidato a algum cargo governamental. Pelo contrário, ele (pasmem!) inclusive já foi músico. Mas vamos aguardar mais um pouco.

29 de jul. de 2002

Putz, o Jean mandou três dicas porretas: os 50 anos do baixo elétrico, curiosidades sobre alguns modelos e uma rápida explicação sobre alguns bam-bam-bans do dum-dum-dum (assino embaixo a seleção feita pelo rapazinho do Estadão). São textos meio curtinhos, mas valeu pela lembrança do cinquentenário desse instrumento tão bacana.

E falando em datas, uma curiosidade mórbida: desde o incidente do WTC, todo mundo se lembrou de todas as desgraças que aconteceram nos onzes de setembro ao longo dos anos. Só não se lembraram que nesse mesmo dia, no ano de 1987, a música sofreu uma das maiores baixas de sua história: a morte de Jaco Pastorius. :(
Enfim uma boa notícia!

Rádio Fluminense volta pra onde jamais deveria ter saído!

Só não sei se fico mais feliz com o retorno da Fluminense ou com o fim da Jovem Rio. Bye bye gentalha. O Rio nunca precisou de gente como vocês.

28 de jul. de 2002

Definitivamente não me agradam as empresas nacionais que são batizadas com nomes em inglês, independente do seu porte.

Não vejo o menor sentido nisso. Não estamos na terra de Cabral, ora pois? Se quer ter um nome "universal", use termos universais, nomes próprios ou palavras que não caracterizam uma lingua. Simples assim.
George Lucas, John Entwistle e Ernest Hemingway.

Dama manda avisar: homens que se parecem com o Kenny Rogers.

Eu amo a internet.

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