Chacundum é um blog em dolby-stérico de Cláudio Reston, designer-músico e sócio da Visorama Diversões Eletrônicas.

30 de mar. de 2002

O mundo anda num marasmo criativo tão grande, que qualquer coisa que fuja um tiquinho do geralzão já ganha logo um rótulo de 'a nova cara' da atividade em questão.

As pessoas não conseguem simplesmente relaxar e curtir, têm essa compulsão ferrenha em lascar logo uma definição, em por uma etiqueta. E quando tudo falha e nenhum rótulo insosso se encaixa, definem aquilo como 'a nova cara'.

Seria trágico, se não fosse patético.
Uma coisa é uma coisa.
Outra coisa é outra coisa.
Então uma coisa não é outra coisa.

Que coisa...
Capital vem de capeta.
Poder vem de podar.
Ainda sobre esse assunto, mestre Mario manda avisar:

"O J.B. é de Jim Bowen, e NÃO de Jeff Beck, a não ser que ele estivesse, por razões malucas, usando pseudônimo."

Vixe, agora danou-se. Já não sei mais de nada!

De qualquer maneira, tudo indica que o resto da informação procede - o tema foi gravado por um tal de J. B. Pickers, sejam lá o que essas iniciais queiram dizer.

Seriam de José Bessa? Ou de Jean Boechat? ;)

29 de mar. de 2002

Extraido da Telescópica:



Bob Marley e Francisco Buarque de Hollanda.

Dadas as "más" companhias e seu riso frouxo, devia estar mais pra Francisco Buarque de Amsterdam.

28 de mar. de 2002

Levando-se em consideração o nível de joselitagem de seu apresentador, o programa deveria se chamar "Show do Humilhão".

"Barney, desejo melhoras!"
Avelino será capa de uma revista francesa. Aparecerá morto, em leito macabro. Juro!

Para quem conhece a figuraça, entende o quão freak e engraçada essa notícia é.

Mundo muito estranho esse...
O Chacundum não possui nenhum mecanismo de contagem de acessos. Logo, não faço a mínima idéia de quantas pessoas passam por aqui por dia. Mobral isso, não?

Se eu não tenho curiosidade? Até tenho... mas no momento prefiro assim. Prefiro continuar acreditando que uma meia dúzia de pessoas lêem as abobrinhas que escrevo, pois se por acaso eu souber que são mais do que imagino, posso me grilar e começar a medir palavras, o que nunca foi a intenção.

Mas o bacana é que, a cada dia que passa, fico mais impressionado com a simpatia e o nível dos leitores/amigos deste quase hebdomadário. Essa semana recebi um e-mail muito classe do Sergio Zilbersztejn (Serjones, seu nome só com copy-and-paste! ;) ). Em uma outra oportunidade, discutíamos sobre o suposto autor do tema original do Globo Repórter, o que sempre foi uma icógnita para muita gente. Serjones matou a pau. Segue abaixo o mistério desvendado:

"Pois é, cumpadi... Entro na KissFM via www ontem à noite, e o que tá tocando? Isso, a própria. Esperei ansioso o fim prá saber quem era.

"Vocês ouviram, com J. B. Pickers, 'Freedom of Expression' "

Hã?! J. B. Pickers?

A mocinha prossegue: "Claro, o J. B. é de Jeff Beck..."(...)

Pois é gente, o tema original foi gravado por nada mais, nada menos que mestre Jeff Beck! Quem diria!

E Serjones continua:

(...) "Uma rápida busca no Google revelou algumas pérolas, como esse texto hilário.

Também existe um CD com aberturas de programas da Globo, onde a música está.

Mais: ela era parte da trilha de um road movie que virou "cult", "Vanishing Point" (aqui passou como "Corrida contra o Destino", e vc nem tinha nascido...) e até lembrei que a música tocava no filme. Aliás, se não viu, descole em alguma locadora (não deve ser fácil...) e veja, puta filme." (...)

Tá aí. O tema do Globo Repórter não só foi gravado pelo hômi, como também faz parte da trilha sonora de um filme. E eu esse tempo todo achando que os temas de abertura eram exclusivos da Globo. Bom, pelo menos agora já sei como encontrar sua versão na íntegra.

Valeu Sérgio!
Ah sim... Cultura inútil? É a mãe.
Eu adoro sketch books, sejam eles de artistas plásticos, gráficos ou de escritores. Adoro ver a zona, a confusão de pensamentos e as idéias que foram ou que nunca foram levadas adiante. Acho que todo designer deveria carregar pra cima e pra baixo seu caderninho, e nele ir colando coisas que encontra na rua, fazendo anotações, pregando fotos e tudo mais de interessante que encontrar.

Alguns ficam tão bacanas, que neguinho até scanneia e comercializa. Esse aqui é um deles (clique no logo 'Chalk'). Não é dos melhores, mas é bem legal.

Agora, os mais fodões que eu já vi até hoje foram os da designer (e irmã) Carol Santos. No dia que ela entender que seus caderninhos têm um puta potencial comercial, e que ela pode ganhar dinheiro de gente grande com isso, vai se dar muito bem. Dariam livros lindíssimos de design, coisa pra inglês ver. Seria o primeiro a comprar, inclusive.
O melhor amigo do mundo. Coitado. :(
Auto Type. Demais.

Vale a pena conferir também o ensaio fotográfico em Hong Kong, além de baixar todas as fontes. Maneiríssimo. E o resto do site também deve ser ótimo.

27 de mar. de 2002

Aliás, se Ronaldinho, Ronaldinho Gaúcho ou Kaká roçarem uma barba no Galvão Bueno, levam. Fácil.
Ronaldo e Eddie Murphy em Professor Aloprado.
Ronaldinho Gaucho e Cumpadre Washington.

Separados no nascimento.
Kerning for dummies. Excelente dica do Áthila.
"(...) a preta quer um filim
e eu um filim com a preta
no condom black é assim
é pau, é cú é buceta
(...)"
Diversão e arte. Sempre.
E pelo visto, o algo mais interessante que eu arrumei pra fazer foi encher a cara e cair pelos cantos.

Muito inteligente, seu Haroldo...
Ontem rolou show do Otto no Rival. O pouco que me lembro (se você viu alguem parecido comigo por lá, completamente transtornado, não tenha dúvidas - era eu) achei bem legal.

Tinha visto seu show há uns 2, 3 anos atrás e achei bem fraco, mal ensaiado, ele e a banda chutando balde, todos muito alucinados... Mas dessa vez foi diferente, o rapazinho deu uma segurada de onda legal, deixando a chutação de balde e os momentos caguei pro final. As releituras das músicas estavam ótimas, inclusive a de Renault, Peugeot, minha preferida.

Aliás, o Otto tem uma coisa engraçada: ao mesmo tempo que ele é meio bobão e desleixado, acho que ele tem um pouco de gênio incompreendido. Não que eu ache que ele seja 'a nova cara da MPB' (isso é uma grande babaquice), mas eu acho que existe uma puta inteligência em sua música, ela só acaba diluida no meio de tanta bebelice, como a entrevista que ele deu no João Gordo - patética. Mas ainda assim sou fã, tenho seus 3 cds (Samba Pra Burro, Changez Tout e Condom Black) e recomendo a compra de todos.

26 de mar. de 2002

Quando você chega ao ponto de sonhar com tipografia, sonhar com letras, alfabetos e esculturas tipográficas (várias delas), tá na hora de repensar seus conceitos - e de preferência, arrumar algo mais interessante pra fazer.

25 de mar. de 2002

Opa, ilustra com fonte Tipopótamo quentinha, saindo do forno.



Tipografia? Pois é, a gente gosta muito.
Desenho animado maneirim pra carai. Atentem para a abertura, é sensacional.

Mais uma dica da rapaziada soci do Dizaí.
Não tem nada de bom pra falar? Linke.
No aaaaaar a minha, a sua, a nossa TV Hip Hop.
Render de macho. Dica da rapaziada sangue bão do Dizaí.
Não sou cinéfilo. No máximo, acéfalo.

24 de mar. de 2002

Wanna see your true colors? Freak total.

Update: tiraram do ar. Vacilo...
Homem é tudo palhaço.
Esse é o Cabelo. Grande Cabelo, como é difícil ser simples.
Não é de hoje que eu simpatizo com a atitude do Lobão, mas o legal é ver que por trás de toda sua verborragia, ele responde com música boa, de qualidade.

Há uns 2 meses atrás fui presenteado com seu último CD - Uma Odisséia no Universo Paralelo. Gostei de boa parte do disco, principalmente por causa da formação da banda, um power trio de primeiríssima (aliás, eu adoro power trios). Mas uma música em especial me chamou bastante a atenção. A letra é ótima, a melodia é bacana, e a métrica e a harmonia são viscerais, tem um climão meio apocalíptico. Pena que no site oficial tenha apenas um micro trecho para ouvir, pois o refrão é muito legal e nem consta no sample que colocaram lá. Se liga:

A Vida é Doce

Com a mesma falta
De vergonha na cara
Eu procurava alento no seu último vestígio
No território
Da sua presença
Impregnando tudo, tudo o que eu
Não posso nem quero deixar que me abandone
Não posso nem quero deixar que me abandone
Deixar que me abandone


São novamente quatro horas
Ouço o lixo no futuro
Do presente que tritura
As sirenes que se atrasam
Prá salvar atropelados
Que morreram, que fugiam
Que nasciam, que perderam
Que viveram tão depressa, tão depressa
Depressa demais…a vida é doce…DEMAIS…doce


E de repente o telefone toca
E é você do outro lado me ligando
Devolvendo minha insônia, minhas bobagens
Prá me lembrar que eu fui
A coisa mais brega que pousou na sua sopa


Me perdôa
Daquela expressão pré-fabricada
De tédio, tão canastrona
Que nunca funcionou nem funciona,
Me perdôa
A vida é doce…demais


Legal, né? Já valeu o CD.

Arquivo do blog